Amor só funciona em liberdade!!
Li há muito tempo uma frase que dizia assim: “Amo a liberdade. Por isso, as pessoas que amo deixo livres; se voltarem é porque as conquistei; se não voltarem é porque nunca as tive.”
De fato, segundo minha experiência e do que aprendi na vida, o amor só funciona em liberdade.
Lembro de uma história que aconteceu com dois amigos próximos (quem me conhece talvez já tenha me ouvido contá-la algumas vezes).
Eles não se conheciam… Ela era uma menina linda. Era alegre, sorridente, reluzia um brilho inigualável quando andava, quando dançava, quando sorria extrovertida pelos quatro cantos onde passava… Ele era um rapaz igualmente lindo, tinha “presença”, chamava atenção dos olhares femininos. Ambos amigos meus. Num belo dia nos encontramos e lá estava ela dançando, falando com todo mundo, marcando presença e deixando o ambiente mais belo do que de costume. Ele a viu me abraçar e me dar um beijo bem grande, como só os intensos e verdadeiros sabem dar, e me perguntou: “Amiga sua?!”. Respondi que sim. Ele ficou encantando, não o culpo. Afinal, era dela que estávamos falando. “Me apresenta!” – insistiu. Adverti: “Você é ciumento, possessivo; é “presença”, mas inseguro. Não vai aceitar o jeito livre dela de ser…” “Que nada! Eu quero conhecê-la! Me apresenta!”. “Está bem….”. Apresentei os dois. Ela também se agradou dele. Afinal, o aparente geralmente nos prega cada peça… O fato é que começaram a namorar, super apaixonados. Adverti aos dois: “Vocês não combinam. São muito diferentes. Você livre; ele controlador. Pensem bem…” Ignoraram-me e seguiram… Ele, no começo, fazia vista grossa para o jeito expansivo e livre dela. Casaram. Tiveram dois filhos. Depois de um tempo, começou a querer limitá-la, como eu já previra desde o primeiro momento. Ela, por gostar dele, foi mudando… E murchando… E perdendo o seu brilho natural. Não mais tinha espontaneidade de falar com todos, não dançava mais, não brilhava. Deixou de ser o pássaro lindo que era. Tinha asas, mas esqueceu-se de como era maravilhoso voar… Já não cantava mais. Definhou.
E até hoje esse exemplo prático que aconteceu bem debaixo dos meus olhos não me sai da cabeça e me deixa com a certeza de não querer algo nem de longe parecido para minha vida. Quero apenas o que me for semelhante. Apenas alguém que me aceite como sou, que me estimule, que incentive o meu melhor, o que eu sou e o que me faz feliz. A ideia do “você faz por mim, eu faço por você e assim seremos felizes”. Se me amar, deixe-me livre para ser quem sou. Assim, do meu jeito. Louco. Livre. Porque como disse Lispector, liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome.
Cirilo Veloso Moraes
De fato, segundo minha experiência e do que aprendi na vida, o amor só funciona em liberdade.
Lembro de uma história que aconteceu com dois amigos próximos (quem me conhece talvez já tenha me ouvido contá-la algumas vezes).
Eles não se conheciam… Ela era uma menina linda. Era alegre, sorridente, reluzia um brilho inigualável quando andava, quando dançava, quando sorria extrovertida pelos quatro cantos onde passava… Ele era um rapaz igualmente lindo, tinha “presença”, chamava atenção dos olhares femininos. Ambos amigos meus. Num belo dia nos encontramos e lá estava ela dançando, falando com todo mundo, marcando presença e deixando o ambiente mais belo do que de costume. Ele a viu me abraçar e me dar um beijo bem grande, como só os intensos e verdadeiros sabem dar, e me perguntou: “Amiga sua?!”. Respondi que sim. Ele ficou encantando, não o culpo. Afinal, era dela que estávamos falando. “Me apresenta!” – insistiu. Adverti: “Você é ciumento, possessivo; é “presença”, mas inseguro. Não vai aceitar o jeito livre dela de ser…” “Que nada! Eu quero conhecê-la! Me apresenta!”. “Está bem….”. Apresentei os dois. Ela também se agradou dele. Afinal, o aparente geralmente nos prega cada peça… O fato é que começaram a namorar, super apaixonados. Adverti aos dois: “Vocês não combinam. São muito diferentes. Você livre; ele controlador. Pensem bem…” Ignoraram-me e seguiram… Ele, no começo, fazia vista grossa para o jeito expansivo e livre dela. Casaram. Tiveram dois filhos. Depois de um tempo, começou a querer limitá-la, como eu já previra desde o primeiro momento. Ela, por gostar dele, foi mudando… E murchando… E perdendo o seu brilho natural. Não mais tinha espontaneidade de falar com todos, não dançava mais, não brilhava. Deixou de ser o pássaro lindo que era. Tinha asas, mas esqueceu-se de como era maravilhoso voar… Já não cantava mais. Definhou.
E até hoje esse exemplo prático que aconteceu bem debaixo dos meus olhos não me sai da cabeça e me deixa com a certeza de não querer algo nem de longe parecido para minha vida. Quero apenas o que me for semelhante. Apenas alguém que me aceite como sou, que me estimule, que incentive o meu melhor, o que eu sou e o que me faz feliz. A ideia do “você faz por mim, eu faço por você e assim seremos felizes”. Se me amar, deixe-me livre para ser quem sou. Assim, do meu jeito. Louco. Livre. Porque como disse Lispector, liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome.
Cirilo Veloso Moraes
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